sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

The Waitress - Apenas fique.

O serviço tinha me dado uma semana de folga, eu não sei dizer o nome, mas quando algum parente muito próximo falece, eles dão alguns dias para ficar em casa. A última coisa que eu queria, era isso, precisava trabalhar para me distrair, só que tinha certeza de que eles não iam deixar eu voltar ao serviço.
A campainha tocou e quando eu atendi, vi aqueles belos olhos combinados com aquele sorriso lindo me fitando.
- Me desculpe, Justin. - disse - Não queria te atormentar, só que eu não consigo ficar aqui.
- Não se explique, eu te entendo. - sorriu amigavelmente - Minha mãe vai adorar te conhecer. - assenti ainda com um sorriso forçado no rosto.

Pov Justin 

Ela parecia terrível, me senti no direito de ajudá-la. Catarina me ajudou quado o mundo me negou, quando todos me negaram. Vocês devem estar se perguntando, por que? Você é rico, bem sucedido, vai pra onde quiser sem intromissão de ninguém. Até ai tudo bem, mas ninguém nunca me ajudou em nada, não tenho amigos de verdade e a única pessoa que eu amo, é a minha família. Quando eu fico bêbado, normalmente eu acordo caído no chão e aqueles que se diziam meus amigos, me deixam lá, jogado. Catarina teve a capacidade de me levar pra casa de seu amigo, cuidar de mim, dos meus ferimentos, deixou o emprego e tudo isso com seu pai doente. Era um mínimo que eu podia fazer por ela.
A mídia me mostrava como um monstro ingrato que só pensava em festas e mulheres, isso era uma máscara que elas colocavam em mim diante da sociedade, mas não era bem assim.

Pov Catarina

O trajeto entre minha casa e a casa de Justin, foi silencioso. Tudo que eu precisava, era chorar, mas me segurava ao extremo para evitar isso, não queria que ninguém visse. 
- Bom, chegamos. - nem vi quando Justin estacionou seu carro ao lado de muitos outros. 
- Sua casa é linda. - exitei um elogio.
- Obrigada. - sorriu amigável - Me deixe pegar suas coisas.
- Não precisa, eu levo. 
- Faço questão. - pegou minha mala como um Lord.
- Obrigada Justin, tem se saído como um grande amigo. - repeti a frase que disse no velório de meu pai. 
Saímos do carro e Justin me levou até a entrada de sua casa. Uma mulher entojada nos atendeu, Justin a cumprimentou pelo nome Bárbara, ela nem se quer exitou um sorriso. 
- Essa é a nova empregada? - disse com o nariz em pé, e por uns instante senti meu rosto queimar e automaticamente olhei para minha roupa, um jeans e uma blusa básica, qual é? Não é pra tanto. 
- Não Bárbara, minha amiga. - Justin disse revirando os olhos e entrando na casa.
- Ué, você me consultou se podia trazer MULHERES aqui em casa? - ressaltou a palavra mulheres. 
- Não preciso ''consultar'' ninguém, pra trazer alguém na minha casa. - disse já se irritando, a mulher saiu bufando de lá.
- Quem é essa Justin? - perguntei esperando um ''não te interessa'' como resposta.
- Minha namorada arranjada que eu odeio. - quando ele disse namorada, por um instante, me senti incomodada.
- Se quiser Justin, eu volto pra casa, não quero te arranjar prob.. 
- Catarina, menos. - me cortou e senti minha pele corar bruscamente. 
Ouvi uns gritos vindo do que me parecia ser a cozinha, e uma mulher de uns 30 anos, baixinha, magrinha dos cabelos castanhos escuros sair nervosa, batendo pé. 
- Essa sua namorada me irrita.. - ela dizia gesticulando sua raiva.
- Calma mãe. - disse Justin, nossa sua mãe era incrivelmente linda. - Essa aqui é Catarina. - me apresentou
- Olá querida. - ela me olhou e um sorriso lindo se formou em seu rosto - Linda você, como vai? 
- Estou indo. - sorri sem ânimo. - É um prazer conhecê-la, Sra. Bieber. 
- Pode me chamar só de Pattie, e o prazer é todo meu. Sinta-se em casa. - sorriu 
- Vem, vou te levar até o quarto de hóspedes. - disse Justin. 
- LEVA ELA PRO QUARTO DA EMPREGADA. - ouvi um grito da cozinha, parecia ser da tal Bárbara. 
- Qual é a da sua namorada? - perguntei envergonhada
- Ela é ridícula. - ele disse revirando os olhos - E eu adoro o jeito que você se veste. É muito mais bonito que as roupas floridas que ela compra. - disse com cara de nojo e eu soltei uma risada. - Aqui que você fica.
Justin abriu a porta e me deu uma visão do quarto, aquilo era muito pra mim. 
- Justin, eu não posso ficar aqui... Eu não to acostumada, eu não me importo se ficar no quarto da empregada. 
- Catarina, apenas fique. - disse rígido e eu assenti envergonhada. - Agora descanse um pouco. - ele disse saindo, e sem pensar nas consequências, puxei seu braço o impedindo de sair.
- Por favor, não me deixe sozinha. - disse quase implorando, e ele apenas sorriu. 
- Tudo bem então, vou buscar um filme para assistirmos, tudo bem? - disse e eu assenti por fim. 
Fui até minha mala e troquei minha roupa por algo mais confortável. Coloquei um shorts e um blusão. Sentei-me na cama e fiquei olhando pro além, lembranças surgiram na minha mente e lágrimas ingratas teimaram em cair. Justin entrou no quarto repentinamente e eu as enxuguei numa rapidez indecifrável. 
- Trouxe algu.. - pausou ao me olhar - Estava chorando Cate? - adorei o apelido, só pra constar.
- Não Justin, já passa. - sorri de canto. 
- Aw, não chora... - disse abrindo os braços, sentando-se do meu lado e me dando o abraço mais gostoso do mundo, aquele abraço confortável, quentinho e acolhedor. Não aguentei e chorei. - Hey, eu to aqui com você. Não precisa chorar... - disse me abraçando mais forte.
- Obrigada Justin. - disse entre soluços. 
- Agora, enxugue essas lágrimas que eu vou botar um filme bem legal para nós, ok? - disse e eu assenti, jogando uma coberta nas minhas pernas frias. 
Depois que Justin colocou o filme, ele deitou-se ao meu lado. Ficamos numa distância grande, como se não pudéssemos nos tocar. 
- Por que estamos tão longes? - perguntou rindo
- Não sei. - respondi soltando uma gargalhada gostosa. 
- Para com isso. - disse chegando pro meio da cama e me puxando pra perto dele, ele colocou seus braço esquerdo debaixo da minha cabeça e eu com um de meus braços, coloquei em cima de seu peitoral. A mesma mão que estava embaixo de mim, fazia um carinho na minha cabeça. Aquele carinho e aquela posição, fizeram com que logo nos primeiros minutos do filme, eu dormisse. 

Continua...

1 comentários:

Giovana disse...

Continuaaa por favor...faz tempo que vc não posta...
Foi mal não comentar.
Tá ótimo